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26/11/2018 | Concebido por Goioerê

Maringá discute responsabilidades do engenheiro agrônomo

Maringá discute responsabilidades do engenheiro agrônomo

Em 2018 a profissão de Engenheiro Agrônomo completou 85 anos de regulamentação no Brasil, isto significa que a ciência agrária fortalece a agricultura brasileira e melhora a vida do agricultor há mais de oito décadas. Mas, ao longo dos anos, as demandas crescentes exigem cada vez mais do profissional. 

Em um dos momentos, na década de 1970, houve a disseminação do agrotóxico em larga escala, porém, não demorou muito para que regras de utilização fossem implantadas. 

Foi quando surgiu o Receituário Agronômico. Em Maringá, nessa terça-feira, 27, o tema será debatido por três palestrantes com visões diferentes do assunto. 

O evento é promovido pela Amea - Associação Maringaense dos Engenheiros Agrônomos com apoio do Crea-PR – Conselho de Engenharia e Agronomia do Paraná. O objetivo é reforçar que a aplicação de agrotóxico é prevista e autorizada somente mediante a emissão da receita.

Pela primeira vez, o jornalista e escritor Nicholas Vital virá a Maringá. O tema da palestra dele será: “Agradeça aos agrotóxicos por estar vivo”, que é o título do livro que ele lançou em 2017. 

Na obra, o escritor derruba mitos sobre a química utilizada no campo para o controle de pragas, que durante séculos devastaram plantações. Vital é um paulistano que já trabalhou nas revistas Placar e IstoÉ/Dinheiro Rural, onde se tornou um defensor do agronegócio. Inclusive atuou na ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal, entidade que representa os produtores de agrotóxicos.

Outro palestrante convidado é o Engenheiro Agrônomo João Miguel Toledo Tosato, que coordena o Programa de Defesa do Alimento Seguro da Adapar - Agência de Defesa Agropecuária do Paraná -, de Ponta Grossa. Na palestra “Fiscalização do Receituário Agronômico” Tosato orientará os profissionais habilitados sobre os princípios e normas que disciplinam a prescrição e o uso de agrotóxicos, uma responsabilidade técnica do engenheiro. 

É que junto com o Crea, o órgão editou um Manual de Orientação sobre Receituário Agronômico, uso e comércio de agrotóxicos. Segundo a Adapar, a publicação foi escrita por profissionais e entidades compromissadas com a sociedade, com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável da agropecuária paranaense.

O último palestrante do dia será o promotor, Maurício Kalache, do Ministério Público de Maringá, que abordará o tema: “Responsabilidade civil e criminal na emissão do receituário agronômico”. É que a receita autoriza o agricultor a aplicar o agrotóxico, produto que de forma irregular é considerado perigoso para saúde humana e o meio ambiente. A abordagem será a partir da perspectiva dos direitos do consumidor.

Para o engenheiro agrônomo, Osvaldo Danhoni, diretor da Amea, as palestras orientam sobre as questões simples e complexas do tema. É que a emissão do receituário agronômico tem que ser feita por um profissional habilitado de Engenharia Agronômica, que emite a ART - Anotação de Responsabilidade Técnica após visita e diagnóstico da propriedade rural. Neste ano foram registradas no Estado 30.593 ARTs de Receituário Agronômico. Na região Noroeste, foram 6.416 emissões até está segunda-feira, 26.

Danhoni diz que os monitoramentos têm que ser sistemáticos e precisos. “Os engenheiros devem planejar a aplicação segura dos agrotóxicos para não comprometer a qualidade dos alimentos e do solo, e nem aumentar os custos de produção”. 

Atualmente, são cerca de 2.500 agrônomos registrados na Regional Maringá do Crea. E até novembro, o órgão realizou 1.790 fiscalizações de Agronomia no Estado, sendo que 185 ocorreram na região Noroeste.

Acordo

No mês passado (outubro) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica em prol da defesa a agropecuária brasileira. 

A Instrução Normativa 40/2018 reafirma que o engenheiro agrônomo é, em última instância, o profissional com competência e responsabilidade para prescrever  o receituário de aplicação de agrotóxicos. Com isto, todos ganham. 

Os agricultores que conseguem reduzir os custos de produção; o meio ambiente que receberá carga menor de defensivos agrícolas e os consumidores, que têm a certeza de que o uso de agrotóxicos terá a orientação de um profissional qualificado e habilitado para o cuidado das lavoras. De forma geral, o acordo aumenta a segurança alimentar da população.

SERVIÇO

Evento sobre Receituário Agronômico

Data: 27 de novembro (terça-feira)

Horário: 13h30 às 18h
Local: Auditório do Crea – Regional Maringá
Endereço: Avenida Bento Munhoz da Rocha Netto, 1139 - zona 07

Inscrição: www.crea-pr.org.br/eventos

Público:engenheiros agrônomos e florestais; técnicos agrícolas e revendedoras de defensivos agrícolas

Vagas: limitadas a 100 participantes

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais e empresas das áreas das engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização profissional, primando sempre pela qualidade na prestação dos serviços prestados.

 

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Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | CREA-PR

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