Produtor de tomate obtém alta produtividade plantando em estufa, com apoio da Prefeitura

O prefeito Celso Pozzobom e o diretor de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura, Elídio Pavan, visitaram recentemente a propriedade do produtor rural Agnaldo Lolli, no distrito de Serra dos Dourados – são quatro alqueires de terra na Estrada 215. O agricultor produz tomates, batata-doce e hortaliças brássicas (como repolho, couve-flor e brócolis), além de cultivo de milho, conforme as estações do ano – brássicas no inverno e no verão, tomate, milho verde e batata-doce.

Considerado um modelo de pequeno produtor rural, Lolli vende sua produção para mercados, a Cooperu (Cooperativa dos Pequenos Produtores Rurais de Umuarama) e ao Banco de Alimentos (merenda escolar e cestas verdes) entre outros.

"É importante destacar a diversificação e rotação de culturas, na pequena propriedade rural, todas irrigadas por gotejamento. Em uma estufa de 70 x 21 (cerca de 1.470m²), Lolli cultiva 3 mil pés de tomate de alta qualidade, que produzem cerca de 2 mil caixas por safra (duas por ano, 4 mil caixas no total)", informa o agrônomo da Prefeitura, Márcio Rezende, que também acompanhou a visita.

O agricultor se tornou referência, pois é um dos que mais investem em novas tecnologias para melhorar a produção e a lucratividade em suas terras. "Esse agricultor tem obtido grande rendimento em apenas 4 alqueires, fruto do investimento em tecnologia, o que nos mostra que não há necessidade de grandes áreas para atingir alta produtividade e uma renda satisfatória, acrescenta o agrônomo Elídio Pavan, diretor de Agricultura do município.

Lolli tem planos de aumentar o cultivo protegido, com a implantação de mais duas estufas nos mesmos moldes da atual, e está conseguindo concretizar os investimentos por conta da qualidade e a alta produtividade que tem obtido em todas as culturas. Apenas o agricultor, sua esposa e mais quatro funcionários trabalham na propriedade.

"Todo este trabalho e tecnologia são recompensados com o valor obtido na comercialização dos produtos, que chegam a atingir quase o dobro do valor de mercado. A margem de lucro não é muito grande, mas a alta produtividade compensa os investimentos. Acho que mais produtores deveriam investir em cultivo protegido", disse o produtor rural.

O conhecimento é adquirido através de viagens que o produtor realiza, com apoio da Universidade Estadual de Maringá (UEM), através do acompanhamento técnico do professor e pesquisador Rerison Catarino da Hora, "e também através do apoio da Prefeitura de Umuarama, por meio da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente e a assistência técnica do agrônomo Márcio Rezende. Essa mesta atenção está disponível para outros agricultores interessados, basta procurar a secretaria, que funciona dentro da Prefeitura", completou Pavan.

Para o prefeito Celso Pozzobom, a aplicação de tecnologia é o caminho para o fortalecimento da atividade rural, pois facilita ao produtor conseguir uma boa renda devido à alta qualidade e valorização dos seus produtos. "Com boa renda ele pode manter a atividade, realizar os investimentos necessários e ter qualidade de vida para toda a sua família, permanecendo com os filhos no campo. A Prefeitura é parceira de quem quer profissionalizar a atividade rural e para isso temos meios de incentivo, mas é preciso que o produtor nos procure", reforçou o prefeito.

CULTIVO PROTEGIDO

Pequenos produtores rurais devem se informar sobre as vantagens do cultivo protegido de hortaliças – as chamadas 'estufas'. Para alguns a técnica não é novidade, porém faltam esclarecimentos e conhecimento das novas tecnologias para que a ideia se propague. Os resultados são impressionantes, mas exigem cuidados um pouco diferentes do trato convencional. Por isso, e talvez pelo investimento necessário no início, os produtores ainda resistam em migrar para este tipo de cultivo que é viável, tem menos perdas e portanto pode ser mais lucrativo que o plantio a céu aberto.

Os canteiros ficam protegidos dos excessos, seja de sol ou de chuva. O agricultor consegue controlar o ambiente e, com a assistência técnica adequada, extrair o máximo da produção. "É importante se informar sobre as variedades mais indicadas, noções de planejamento, construção das estufas e cuidados para o desenvolvimento das plantas, entre outros pontos. Temos exemplos de bons resultados e conhecemos o sucesso dos produtores em outras regiões", disse o diretor de Agricultura. Em Bandeirantes (Norte do Paraná) existem mais de 1.200 estufas em plena produção.