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30/01/2017 | Concebido por Goioerê

Empresas de TI afirmam que bloqueio a estrangeiros afeta operações

Empresas de TI afirmam que bloqueio a estrangeiros afeta operações

A indústria norte-americana de tecnologia alertou que a suspensão temporária da entrada de estrangeiros de sete países nos Estados Unidos por 90 dias, conforme ordem executiva assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na sexta-feira (27/01) vai impactar as operações dessas companhias, que possuem um largo contingente de funcionários estrangeiros.

A Internet Association, grupo que reúne várias empresas de tecnologia, incluindo Google, Amazon, Facebook e Microsoft, disse que a ordem executiva de Trump limitando a imigração e o movimento de estrangeiros para o país vai complicar seus negócios e operações, uma vez que muitas delas têm em seus quadros funcionários que são imigrantes legais e que serão afetados pelas ordens, ficando portanto impedidos de voltar para os Estados Unidos para seus empregos e famílias.

“O trabalho deles beneficia nossa economia e cria empregos nos Estados Unidos", disse o CEO e Presidente da Internet Association, Michael Beckerman, em pronunciamento oficial no final de semana. E executivos de um grande número de empresas de tecnologia, como Twitter, Microsoft e Netflix criticaram diretamente a ordem assinada por Trump.

A ordem de Trump, que exigiria a detenção e deportação de pessoas chegando nos aeroportos nos Estados Unidos vindas de sete países muçulmanos - Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iemen - a partir da sexta-feira (27/01), foi bloqueada temporariamente no sábado por um juiz da corte de Nova Iorque, que concedeu estadia aos estrangeiros com visto de imigração ou visita válidos que chegaram ao país dizendo que eles não poderiam ser removidos dos EUA. O Departamento de Segurança de Fronteiras (US Homeland Security) confirmou que vai obedecer a ordem do juiz e está liberando os estrangeiros.

Levante dos CEOs

Empresas como Uber, Apple, Microsoft e Google entraram em contato com seus funcionários afetados pela ordem de Trump. Segundo a Bloomberg, o CEO da Google, Sundar Pichai, detonou a decisão de Trump em um memorando interno na sexta-feira afirmando que pelo menos 100 funcionários da companhia seriam afetados por ela. Pichai disse que era "doloroso ver o custo pessoal da ordem executiva sobre os colegas". A Google teria chamado de volta, com urgência, funcionários potencialmente afetados pela ordem executiva para que voltassem para os EUA antes da ordem ser assinada. 

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, também levantou a voz em um post na sua página da rede social dizendo que ele e sua esposa Priscilla Chan são descendentes de imigrantes e refugiados e que os Estados Unidos deveriam permanecer abertos para refugiados. "Precisamos manter esse país seguro, mas deveríamos fazer isso nos focando nas pessoas que realmente representam uma ameaça", escreveu Zuckerberg.

A Uber está trabalhando em um esquema para compensar alguns de seus motoristas que vêm dos países listados e que tinham tirado férias ou que estavam fora dos Estados Unidos visitando suas famílias e que agora não podem voltar para os Estados Unidos, publicou o CEO do Uber, Travis Kalanick.

“Como um imigrante e como CEO, eu experimentei e vi o impacto positivo que a imigração tem na nossa companhia, no país e no mundo", escreveu Satya Nadella, CEO da Microsoft CEO, em um post online no final de semana. “Vamos continuar defendendo esse tópico importante", escreveu o CEO da Netflix, Reed Hastings, em um post no Facebook. "As ações de Trump estão afetando negativamente funcionários da Netflix em todo o mundo e são tão anti-americanas que penalizam todos nós".

A indústria de tecnologia teme também pelos movimentos e políticas de imigração do governo Trump que possam eventualmente bloquear a concessão de vistos de entrada H-1B para pessoas que ajudam essas companhias a tocar suas operações e desenvolver produtos e serviços. O programa de vistos H-1B frequentemente é criticado por substituir trabalhadores norte-americanos por estrangeiros, mesmo que todos eles tenham uma justificativa pela excelência do trabalho ou por serem únicos em suas áreas de atuação.

Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | COMPUTER WORLD

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