Vigilância faz busca ativa de escorpiões nos bosques

Uma equipe da Vigilância Ambiental, que integra a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), realizou busca ativa de escorpiões nos dois bosques urbanos de Umuarama, nesta quarta-feira, 20. O Bosque dos Xetá receberá uma atividade ambiental e educacional promovida pelas secretarias municipais de Educação e de Agricultura e Meio Ambiente, nesta quinta-feira, 21 – Dia da Árvore. Apenas escorpiões pretos (nativos da mata) foram encontrados e não representam risco significativo de saúde.

O problema com os escorpiões mais venenosos (de colocação amarela) está localizado em alguns pontos específicos da cidade. A região da Praça Anchieta e parte do Alto São Francisco apresentam presença do Tityus stigmurus, enquanto o Parque Jabuticabeiras, a Zona 3 – Avenida Rolândia, próximo ao campus-sede da Unipar – e um trecho próximo à rodovia PR-489, entre os conjuntos habitacionais Ouro Branco e Sonho Meu, apresentam presença do Tityus serrulatus. Todos esses locais são constantemente monitoradas desde o início do ano.

O controle populacional dos escorpiões depende da limpeza e exige dedicação da população. “Os escorpiões necessita de condições básicas para se estabelecer e sobreviver, que são acesso a abrigo, alimentação e água. Por isso, orientações técnicas da Vigilância acatadas pela população podem evitar a presença desses animais no meio doméstico”, explica o diretor da Covisa, Flávio Posseti, que acompanhou as buscas no Bosque dos Xetá.

A limpeza dos terrenos é fundamental para eliminar os focos. Madeira empilhada, lajotas e outros materiais atraem insetos da cadeia alimentar do escorpião, como baratas e grilos. “Não recomendamos a aplicação de produtos químicos de higienização nem inseticidas, raticidas, mata-baratas ou repelentes do grupo dos piretróides e organofosforados. Isso afugenta os escorpiões dos esconderijos e eles podem procurar locais não expostos à ação desses produtos, aumentando o risco de acidentes”, orienta.

Se encontrar escorpiões amarelos, a população deve notificar a Covisa (fone 3906-1145) para medidas de controle. Neste ano, já foram recolhidos quase 90 escorpiões, entre os quais cerca de 30 das espécies Tityus stigmurus e serrulatus (de colocação amarelada). Posseti reforça os cuidados que devem ser tomados para manter os escorpiões bem longe das residências.

Área externa

• Manter limpos quintais e jardins. Não acumular folhas secas e lixo domiciliar

• Colocar o lixo em sacos plásticos fechados e entregá-lo para a coleta

• Não jogar lixo em terrenos baldios

• Limpar uma faixa de dois metros (aceiro) em terrenos baldios nas redondezas dos imóveis

• Eliminar fontes de alimento para os escorpiões (baratas, aranhas e grilos)

• Evitar ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento e umidade

• Remover materiais de construção e lenha armazenados, evitando o acúmulo exagerado

• Preservar os inimigos naturais dos escorpiões (corujas, joão-bobo, etc.), pequenos macacos, quati, lagartos, sapos, galinhas e gansos

• Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões

• Remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes e muros

• Manter fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões

Área interna

• Rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas

• Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha

• Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas

• Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques

• Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados

• Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados